Pedro Gomes no trem em direção à Valence, França. Foto: Arquivo Pessoal.
Após, aproximadamente, 33 horas dentro de aeroportos, o nosso Viktor Navorski, enfim chegou em casa. A saudade do caçula era grande. Maior que a saudade, somentei a ansiedade durante as intermináveis 3 horas de espera no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) por parte da Família Buscapedra. Pedro foi recebido na "FBCaverna" - localizada num local secreto a mais de 200 metros no subsolo niteroiense - com todas as regalias e direito ao prato predileto: macarrão com almondegas. Agora que ele é um atleta internacional, uma celebridade instantânea, quase um ex-BBB, fica difícil arrumar um tempo para dar atenção aos amigos e familiares. O telefone não pára de tocar. É FiveTen, é Beal, é Petzl, todas querendo vincular o caçula à suas respectivas marcas. Mas é claro que para o Blog da FB, o sinistrão nos concedeu uma parte do seu tão precioso e valioso tempo. (Como é muita coisa, dividirei em duas partes para não ficar muito extenso esse post).
E aí irmãozinho! Muita coisa mudou nesses seus 11 dias de ausência. Gostaria de saber como devo me dirigir à você. Tenho que falar contigo em inglês, francês, japonês ou em português mesmo?
Português. Mas me desculpe, se eu no meio da entrevista eu trocar o idioma em algumas palavras.
Bom, é visivel que a sua permanência na França mudou um pouco sua postura. Vi hoje que você voltou mais motivado para a escalada em geral. Como foi essa experiência vivênciada nesse período que você ficou longe da sua mãe e da deliciosa comida da Geisa - a governanta da casa?
Cara, foi único. Além de ter sido meu primeiro Mundial, foi a minha primeira viagem internacional. A espectativa para viagem foi grande, mas valeu a pena! Fiquei deslumbrado com a cidade, com as pessoas, com tudo! O fato de ter competido com atletas de todo o planeta fez com que minha concepção de escalada mudasse: passei a encarar o esporte de uma forma mais profissional.
Metafóricamente falando, além de chaveirinhos da Torre Eifel, perfumes e a camiseta "I Love Paris", o que mais você trouxe na bagagem e o que você deixou no Velho Continente - além do meu anorak?
Olha, trouxe bastante sapatilhas(Risos). Não, sério! Trouxe novos amigos, o sentimento de equipe, experiência e uma nova motivação para os treinos. Na França eu deixei apenas saudades. E o teu anorak, é claro, que eu perdi enquanto corria (em vão) para tentar pegar o trem.
Sei que essa viagem foi bastante complicada de ser conquistada. Desde a classificação na seletiva realizada em Curitiba, passamos a correr atrás de apoios/patrocínios que pudesse nos ajudar a despachar você para o tal Mundial Juvenil de Escalada Esportiva 2009. E conseguimos! Abro esse espaço aqui para você fazer os agradecimentos - mais que necessários - para todos que ajudaram de alguma forma a realizar esse sonho.
Primeiramente quero agradecer à Família Buscapedra que correu atrás de grana, me encorajou a ir disputar a seletiva e pelas noites sem dormir direito enquanto estive fora. Agradeço também aos meus patrocinadores que fizeram com que essa viagem saísse do papel: ao Instituto Kioshi & Makoto Terapias Orientais, à Águas do Porto, à empresa de comunicação Artplan e à Patrícia Mattos, Luiz Alves e Fábio Coimbra do Escalada Indoor Icaraí. Além de todas as pessoas que me ajudaram comprando as rifas do quadro do meu pai.
Obrigado pelo bate-papo, maninho. Agora pode ir dormir, porque já são 1h46 da manhã e você deve estar morto da viagem. Beijos e bom descanso.
Que nada, Caio. Valeu por tudo. Beijos!
No próximo post, a segunda parte da entrevista com Pedro Gomes: o primeiro atleta do estado do Rio de Janeiro a disputar uma competição mundial de escalada esportiva. Disponibilizarei também o Flickr do Pedro com as fotos do campeonato mais as da climb trip para Fontainebleau.
Post ao som de Eddie Vedder - Society.
2 comentários:
aí caio.. o pedro voltou mais velho que vc!
hahahahaha
;*
cadê a segunda parte?
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