Mais uma viagem, e mais uma vez na cia dos amigos Daniel Lustoza e Camilla Porto. Dessa vez, Rodrigo Nunes foi em seu carro com a namorada no dia seguinte. No lugar cativo de Rodrigo no Palio Verde, estava meu irmão Pedro. Graças a Dona Jussara (a mãe da Família Buscapedra) que levou eu e meu irmão até o Jardim Botânico, chegamos na hora marcada. Munidos com quatro dedicados escaladores de boulders, partimos para mais uma trip de escalada!
- Um menino tinha uma bola vermelha mas queria a azul. Qual o nome do filme? LARGOU A AZUL.
- Qual o nome dos religiosos que são irmãos do Mussum? "MUSSUMANOS"
- O que a banana suicida falou? "MACACOS ME MORDAM!"
Enfim, após duas horinhas - tensas, devido à falta de farol baixo do famoso Palio Verde - chegamos à Taquaril, uma região localizada no distrito de Pedro do Rio, que fica a 30KM do Centro de Petrópolis e 15KM de Itaipava. A Pedra do Elefante é o grande destaque da região. Com seus 1600 metros de altura, a Pedra dá nome ao abrigo do casal de escaladores Ralf Cortês e Ana Alvarenga. Chegamos a noite e logo nos dirigimos ao ABRIGO DO ELEFANTE para deixar as mochilas e forrar a pança com o saboroso P.F. (Prato Feito) do Bar da Ivanilda. Eu tinha como foco da viagem a boulderística via "Tsá". Como somente o Ralf encadenou, o grau ainda não foi confirmado. Ralf sugeriu um 9a. Fortes escaladores como Fábio Muniz, Cleanto Portilho, Bernardo Cruz, já tentaram a via e, o último, assim como eu, sugere um 10a. Infelizmente a cadena não saiu. Cai duas vezes na última agarra, e acredito que o grau seja esse mesmo.
Caio Gomes na via "Tsá" 10a? no Setor da Laje. Foto: Rodrigo Nunes.
Assim como eu, todos os escaladores que lá estavam, já foram com algum objetivo em mente. Daniel Lustoza, por exemplo, tinha deixado o "Bussunda" v7 pendente. Já no primeiro dia, Daniel encadenou rápido o boulder que consiste numa travessia sem muitos pés e um dinâmico estranho como o último movimento. Rodrigo junto da namorada resolveu fazer a clássica via de 9 enfiadas na Pedra do Elefante, a Ni'um Homizin 3º V E3 D3. Camillinha tentou o boulder "Gentileza" v7, mas apesar de ter isolado todos os moves, também não teve sucesso na cadena. Pedro Gomes, encadenou um v4 à vista, trabalhou o projeto "Phantomas" - um possível v11 -, se encaixou bem no boulder "Fantasma" v11, trabalhou a via "Tsá" e ficou perto de mandar o "Bussunda" v7.
A viagem valeu em vários aspectos: diversão, evolução e, a que eu considero uma das mais importantes, saber lidar com o fracasso. Esse último em decorrência do meu empenho de tentar encadenar a via "Tsá" que por uma agarra não foi realizado. Apredizados como este são fundamentais para escaladores esportivos que lidam constantemente com sucesso e fracasso em seus treinamentos e competições, por exemplo.
Assim como na ida, a volta não poderia ser diferente. Mesmo com o casal um pouco cansado, o banco de trás bombou! Foram, aproximadamente 2h30 de viagem - de Taquaril até o aconchego do meu lar - cheia de risadas. Piadas internas como "Liga pro Diegão aí, Pedro!" e trechos da peça Nós Na Fita (com os atores Marcius Melhem e Leandro Hassum) ilustraram a descida da serra e a travessia na Barca Rio x Niterói. Valeu irmão, mais uma viagem juntos! Obrigado, mais um vez, ao Ralf e a Ana por estarem sempre dispostos a nos levar às vias e aos boulders.
Post ao som de Raul Seixas - Metrô Linha 743.
Sem comentários:
Enviar um comentário