terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cadena do projeto La Olla em Niterói está perto.


Está próximo a cadena do tão famoso boulder da Pracinha de Itacoatiara, em Niterói, o La Olla. O boulder foi aberto pelo escalador Nando, que morou em Niterói e abriu diversos boulders na Pracinha. O nome foi dado em função do bloco parecer uma onda, a sensação é que se a gente cai nele seremos engolidos tomando um “caixote”, que por sinal é o nome de um boulder no mesmo bloco graduado em v6, mas isso é uma outra história. “A Onda” fascina tanto que já trouxe escaladores fortes empenhados em “dropá-la” como foi o caso dos gêmeos de São Paulo, Thiago e Matheus Veloso, Rafinha e Pedro Raphael de Brasília, Carlera de Curitiba, além dos escaladores locais como Rafael Pimenta, que na época residia na Cidade Maravilhosa, Diogo Fagundes, Guilherme Quacchia e Daniel Hernandez. Daniel Hanz “Coçada”, o cometa que passou pela escalada nacional (e espero que não demore os mesmos 76 anos do Halley para voltar), encadenou uma variante do La Olla que ele graduou em v11. A variante sai do agarrão caindo para a direita e não reto como o original. Pois bem, vamos ao que interessa! Por que o La Olla encanta e assusta ao mesmo tempo? Pois trata-se de um boulder de aproximadamente 5 metros com 14 movimentos bastante explosivos! O Boulder começa numa agarra de duas pegas boas, em seguida cruza-se com a mão esquerda para um batente médio enquanto a mão direita se encaixa em um reglete micro que dará impulsão para o rebote em um dinâmico para um reglete sikado médio. Depois virá uma das passadas mais difíceis: um blocada forte com a esquerda para buscar um regletinho-pinça com a esquerda, rapidamente rola um drop-knee e daí lança-se a mãe direita para um regletinho de cristais machuquentos, após isso o escalador fará um move blocado ou um pequeno bote para um agarrão que fecha o primeiro trecho do boulder que foi graduado em v9 “hard”. Agora que fica interessante, hora de passar o magnésio e dar aquela respirada. Saindo do agarrão com a mão esquerda, o escalador vai catar uma pinça meio batente muito ruim, sem uma pega definida, em seguida posicionará seus pés em agarrinhas ruins, e se jogará de direita em um abaulado ruim, dando um senhor tapa (Peeeeeei!), agora é ter calma, dar uma juntadinha de leve e catar um cristalzinho de direita e ir se erguendo em um lance muito “tecnic” há 5 metros do solo. Depois disso é catar um cristal médio, rebotar para um buracão e comemorar! Eu estou quase mandando o “dito cujo”. No lance do cristalzinho, fiz a escolha errada, catando um outro cristal que na verdade não existia, vacando lá de cima. Agora é esperar por um tempo perfeito, com sol e vento, e rezar para que a cadena saia logo. Em breve novas notícias. Boas escaladas à todos!

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