segunda-feira, 28 de setembro de 2009
E mais uma semana se inicia.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Trágico acidente estraga sábado de escalada.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Escalada em horário nobre.
- Limite Vertical (Vertical Limit, 2000 - Columbia Pictures): O filme conta a história incrível - de se acreditar - de uma subida ao K2 para socorrer 3 escaladores presos depois de uma avalanche. A mentira está quando uma equipe de escaladores sacrificam suas vidas para salvar apenas três. Calma, vai piorar! A equipe de resgate sobe a montanha localizada na fronteira sino-paquistanesa, com ogivas de nitroglicerina, que explodem ao contato com o sol. O filme faz da subida da segunda maior montanha do mundo (8.611 metros), a coisa mais banal. Destaque também para cena inicial, quando após uma queda numa fenda em móvel, todas as peças saem e a cordada de três (dois irmãos e o pai) tem que cortar a corda do pai para aliviar o peso. Incrível. Só vendo para acreditar!
- Missão Impossível II - M:I 2 (Mission: Impossible II, 2000 - Paramount Pictures): O filme que mudou a visão da escalada. Diversas pessoas me perguntavam: "Caraca, Caio! Vi Missão Impossível ontem, tu faz aquilo que o Tom Cruise fez? Ele escala bem né?" Pior ficaria quando essas pessoas, seguras de si, estufavam o peito e diziam: "Po, agora eu sei o que é escalada!". No início do longa dirigido por Jonh Woo, tem uma cena de escalada em solo protagonizada pelo agente secreto Ethan Hunt, vivido por Tom Cruise. A cena tem uma ambiguidade. A subida do ator é um grande fiasco. Sem técnica nenhuma. Quase uma agressão à rocha. O sinistrão ainda inventa uma manobra. Após errar a via - porque para a pedra ficar lisa do nada ou a anta errou a via ou ele chegou no crux e peidou na hora - ele manda um bote para baixo em direção à um platô. Melhor que falar, vocês podem relembrar um pouco da cena clicando aqui. Mas a cena "hollywodiana" não foi totalmente em vão. Das poucas cenas em que o escalador Ron Kauk aparece, ele nos presenteia com uma subida em seu estilo único.
- Risco Total (Cliffhanger, 1993 - Universal Pictures): O filme até que é bom. Vale pela cena inicial do solo do mestre Wolfgang Güllich - morto em um acidente de carro logo após o filme ser finalizado. O protagonista Sylvester Stallone está muito bem fisicamente e mostra ter uma técnica mais apurada à escalada. Mesmo com o auxílio do cabo-de-aço, o ator encara a escalada com direito a assopradinha na mão após usar o magnésio. Assim como em M:I 2, Ron Kauk também participa das filmagens como dublê. Mas tinha que ter alguma cagada! Durante uma tirolesa, a fivela do bauldrier (cadeirinha) da escaladora simplesmente se parte, ela cai e morre. Por que que a anta não colocou as pernas no cabo como manda a cartilha de utilização de tirolesa? Bem-feito! Visando uma retratacão, nos créditos do filme há uma mensagem explicando que, a cadeirinha da Black Diamond usada para o filme, foi modificada para que aquele acidente acontecesse. Menos mal, porque a BD ameaçou processar a produtora do filme. Pior que a primeira cadeirinha que meu pai me deu, foi uma da BD. Esse trauma me perseguiu por toda a infância. Hoje, com consultas semanais à grupos de apoio, me vejo, em fim, livre desse fantasma chamado "Fivela da Black Diamond". A cena inicial e o acidente podem ser visto clicando aqui.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
67.897ª repetição da "Pedrita" (8a).
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Pedro Gomes: a conturbada volta para casa.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Pedro Gomes: Primeiras impressões e volta para casa. (1ª Parte da Entrevista).
Pedro Gomes no trem em direção à Valence, França. Foto: Arquivo Pessoal.
Após, aproximadamente, 33 horas dentro de aeroportos, o nosso Viktor Navorski, enfim chegou em casa. A saudade do caçula era grande. Maior que a saudade, somentei a ansiedade durante as intermináveis 3 horas de espera no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) por parte da Família Buscapedra. Pedro foi recebido na "FBCaverna" - localizada num local secreto a mais de 200 metros no subsolo niteroiense - com todas as regalias e direito ao prato predileto: macarrão com almondegas. Agora que ele é um atleta internacional, uma celebridade instantânea, quase um ex-BBB, fica difícil arrumar um tempo para dar atenção aos amigos e familiares. O telefone não pára de tocar. É FiveTen, é Beal, é Petzl, todas querendo vincular o caçula à suas respectivas marcas. Mas é claro que para o Blog da FB, o sinistrão nos concedeu uma parte do seu tão precioso e valioso tempo. (Como é muita coisa, dividirei em duas partes para não ficar muito extenso esse post).
E aí irmãozinho! Muita coisa mudou nesses seus 11 dias de ausência. Gostaria de saber como devo me dirigir à você. Tenho que falar contigo em inglês, francês, japonês ou em português mesmo?
Português. Mas me desculpe, se eu no meio da entrevista eu trocar o idioma em algumas palavras.
Bom, é visivel que a sua permanência na França mudou um pouco sua postura. Vi hoje que você voltou mais motivado para a escalada em geral. Como foi essa experiência vivênciada nesse período que você ficou longe da sua mãe e da deliciosa comida da Geisa - a governanta da casa?
Cara, foi único. Além de ter sido meu primeiro Mundial, foi a minha primeira viagem internacional. A espectativa para viagem foi grande, mas valeu a pena! Fiquei deslumbrado com a cidade, com as pessoas, com tudo! O fato de ter competido com atletas de todo o planeta fez com que minha concepção de escalada mudasse: passei a encarar o esporte de uma forma mais profissional.
Metafóricamente falando, além de chaveirinhos da Torre Eifel, perfumes e a camiseta "I Love Paris", o que mais você trouxe na bagagem e o que você deixou no Velho Continente - além do meu anorak?
Olha, trouxe bastante sapatilhas(Risos). Não, sério! Trouxe novos amigos, o sentimento de equipe, experiência e uma nova motivação para os treinos. Na França eu deixei apenas saudades. E o teu anorak, é claro, que eu perdi enquanto corria (em vão) para tentar pegar o trem.
Sei que essa viagem foi bastante complicada de ser conquistada. Desde a classificação na seletiva realizada em Curitiba, passamos a correr atrás de apoios/patrocínios que pudesse nos ajudar a despachar você para o tal Mundial Juvenil de Escalada Esportiva 2009. E conseguimos! Abro esse espaço aqui para você fazer os agradecimentos - mais que necessários - para todos que ajudaram de alguma forma a realizar esse sonho.
Primeiramente quero agradecer à Família Buscapedra que correu atrás de grana, me encorajou a ir disputar a seletiva e pelas noites sem dormir direito enquanto estive fora. Agradeço também aos meus patrocinadores que fizeram com que essa viagem saísse do papel: ao Instituto Kioshi & Makoto Terapias Orientais, à Águas do Porto, à empresa de comunicação Artplan e à Patrícia Mattos, Luiz Alves e Fábio Coimbra do Escalada Indoor Icaraí. Além de todas as pessoas que me ajudaram comprando as rifas do quadro do meu pai.
Obrigado pelo bate-papo, maninho. Agora pode ir dormir, porque já são 1h46 da manhã e você deve estar morto da viagem. Beijos e bom descanso.
Que nada, Caio. Valeu por tudo. Beijos!
No próximo post, a segunda parte da entrevista com Pedro Gomes: o primeiro atleta do estado do Rio de Janeiro a disputar uma competição mundial de escalada esportiva. Disponibilizarei também o Flickr do Pedro com as fotos do campeonato mais as da climb trip para Fontainebleau.
Post ao som de Eddie Vedder - Society.